terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Entrevista a Marco Horácio

Jornal Reflexos
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07-Dezembro-2010 Edição Nº0

Entrevista exclusiva com Marco Horácio

Quem é Marco Horácio? É um humorista, actor e apresentador português que apresenta o programa de entretenimento da SIC “Salve-se quem Puder”, em conjunto com Diana Chaves.
É natural de Vieira de Leiria, nasceu a 16 de Janeiro de 1974, é Sportinguista e tem um filho, o Guilherme.
Uma das suas personagens é o Rouxinol Faduncho, um fadista que já lançou dois álbuns:
-Grandes Êxitos de Marco Horácio (2005)
-Best on (2006)
No percurso profissional de Marco Horácio destaca-se a participação na peça Não há nada que se coma, no teatro A Barraca, nos filmes O Meu sósia e eu, O Lampião da Estrela, Filme da Treta e nos programas de televisão Câmara Café, TV Bloopers, Manobras deDiversão.
Amavelmente, Marco Horácio concedeu-nos uma entrevista.

Entrevista a Marco Horácio

1. Pensa ter sido crucial a formação que teve no Conservatório Nacional para a sua carreira?

R- Sim, muito importante, deu-me as bases necessárias para fazer o que faço hoje e deu-me a entender desde muito cedo o que queria deste meio e o que poderia esperar dele. Acho que é fundamental para qualquer pessoa que queira levar esta carreira a sério passar pelo conservatório.

2. Ao longo da sua carreira profissional surgiram vários perfis e papéis: músico, actor, comediante, autor, apresentador… Com qual se identifica mais e qual o mais gratificante?

R- Eu gosto de me auto-intitular actor, tudo o resto é uma consequência
disso, não gosto de fazer as coisas mal, por isso quando não é a minha área trabalho o triplo e concentro-me 4 vezes mais, mas acho que me tenho saído bem em todas as áreas, não gosto de complicar e sou de processos simples e acima de tudo não me deixo iludir com a “fama”, palavra que abomino.

3. Prefere projectos “a solo” como o “Rouxinol Faduncho”onde era o protagonista, ou projectos em grupo como o “Camera Café” ou “Notícias em 2ªmão”?

R- Gosto muito de trabalhar em grupo, a responsabilidade divide-se e não há tanta pressão. Adoro partilhar experiências e dirigir pessoas, quanto ao rouxinol não sei quem é…não o conheço…(risos).

4. Em termos de carreira, o que representa para si o programa “Salve-se quem puder”?

R-Foi um programa
que me veio dar uma oportunidade na área de apresentação e o sucesso inerente ao programa veio dar-me outro respeito no meio televisivo que
eu já trazia do teatro. Mas, tal como o Levanta-te e ri, foi uma viragem na minha vida.

5. A alteração na sua vida pessoal com a mudança para Lisboa reflecte-se como?

R-Tenho os mesmos amigos que tinha há 25 anos e a maior parte está cá em Lisboa. Lisboa obriga-nos a crescer mais depressa e a depender apenas de nós para sobreviver e vencer.

6. A qualidade de vida em Vieira de Leiria é muito diferente da de Lisboa?

R-Sim, a vida é mais calma em Vieira, mais familiar, mais ar puro, mas eu adoro Lisboa e adoro o meu espaço. É uma cidade difícil, mas
quando ela nos aceita, é impossível não amar.

7. A amizade com Diana Chaves estende-se à sua vida pessoal ou não passa de uma boa relação profissional?

R-Temos uma óptima relação de amizade, admiro-a muito, bem como a toda a família dela. Ao nível profissional já disse à SIC que não trabalho com mais mulher nenhuma a não ser ela… acho que isso já diz tudo.

8. O que representa para si ser Pai?

R-Representa tudo, foi a melhor coisa que me aconteceu na vida e ele
será sempre a minha prioridade, nada nem ninguém mudará isso.

9. Transporta para o Marco Pai o Marco humorista?

R-Sim claro, já que adoro fazer o meu filho rir, ele tem um riso contagiante e sincero, é um orgulho ser pai do Gui, é um bom filho e companheiro.

10. Já disse que o seu filho Gui apresenta uma costela de “palhaço”? Como encara isso?

R-Com naturalidade, até porque não podia ser de outra maneira, tendo o pai que tem. A única coisa que quero é que ele seja feliz no futuro, faça o que fizer ao nível profissional, que seja feliz, realizado e que se empenhe ao máximo no que faz de uma forma honesta e divertida também.

11. Guarda algumas recordações do tempo que viveu na Alemanha e do país?

R- É um país mais organizado e limpo e mais justo, acho que fui buscar o meu sentido de responsabilidade e de trabalho aos alemães. Foram tempos difíceis mas muito felizes.

12. Se eu lhe pedisse uma moedita, o que me diria?

R-Preferia dar-te de comer ou ajudar-te a arranjar um trabalho.

13. Quais são os seus projectos profissionais para o futuro?

R- Continuar a educar o meu filho…vou lançar mais um cd / dvd ao vivo de Rouxinol Faduncho a 29 de Novembro e ser feliz.

14. Marco, o que significa para si “salve-se quem puder”?

R-É a expressão que mais faz sentido neste momento e neste país onde é cada vez mais difícil sobreviver e ser honesto.

15. Como é que um humorista que aparenta tanta segurança no seu trabalho se sente tão inseguro quando vê o seu reflexo no espelho?

R-Quando se demonstra insegurança na minha profissão rapidamente se é “engolido” e desrespeitado, desde o conservatório que aprendi isso… No meu trabalho sou exigente e seguro, fora dele sou o Marco normal, igual a tantas outras pessoas com problemas e dilemas.

16. Quais são as suas principais referências no mundo do espectáculo?

R- António Feio, Raul Solnado, Filipe Duarte, Nuno Lopes e Nicolau Breyner.


17. Qual o seu maior sonho?

R- Ver o meu filho sempre feliz.

18. O maior defeito?

R- Exigente e perfeccionista.

19. A melhor qualidade?

R- Sinceridade.

20. Uma palavra que o defina?

R- Simples.

21. Como lida com o assédio?

R- Não me preocupa com isso e não sou muito assediado, felizmente!



Entrevista Elaborado por: Lurdes R. / Isabel

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